Já duas vezes me insurgi neste blog contra aqueles que ganham a vida escrevendo nas colunas de opinião dos jornais de referência coisas impensáveis pela boçalidade e reaccionarice que manifestam. No primeiro caso referia-me a três comentários que tinham saído na mesma semana no Público sobre os episódios da Quinta da Fonte, em Loures. O segundo, mais polémico, passado na TV, foi sobre a primeira aparição de Pedro Lopes Marques (PLM) no programa da SIC Notícias, O Eixo do Mal.
Este post é por isso sobre dois reincidentes e uma "patetice" que o PLM disse naquele programa televisivo.
O primeiro reincidente é Vasco Pulido Valente (VPV), que na sua coluna de Opinião no Público deste Domingo resolve investir contra Saramago, de uma maneira mais que boçal.
Este caso faz-me lembrar um senhor bem mais velho do que eu que, quando se reformou, resolveu empatar as suas economias na edição de um livro de autor, onde contava umas histórias desinteressantes da Manta Rota, praia que ambos frequentávamos, e escrevia uma catilinária contra Saramago, que com ele tinha frequentado uma escola comercial ou industrial há muitos anos. Um pobre escriba que se quis valorizar à custa de um escritor que, na altura, já era famoso. Assim me pareceu VPV que achou que, para sua glória, nada havia melhor do que atacar um Prémio Nobel.
Mas como a confirmar no superlativo tudo aquilo que venho dizendo não há como a Helena Matos, segunda reincidente, que tem uma página inteira todas as Terças-feiras no Público. A última intitulava-se Do Capital ao Kamasutra, que mistura no mesmo texto os que assassinaram Aldo Moro, em Itália, com os que propõem agora temas fracturantes, como o casamento entre homossexuais.
As boas almas que povoam a Internet nada disseram sobre este texto que é duma gravidade extrema para com os que no Parlamento defenderam aqueles casamentos, que se vêem assim comparados com os assassinos das Brigadas Vermelhas. Mas todas as semanas esta coluna se repete, sem que ninguém se indigne com a prosa desta senhora.
Por último, uma “patetice” de PML, em O Eixo do Mal.
Este post é por isso sobre dois reincidentes e uma "patetice" que o PLM disse naquele programa televisivo.
O primeiro reincidente é Vasco Pulido Valente (VPV), que na sua coluna de Opinião no Público deste Domingo resolve investir contra Saramago, de uma maneira mais que boçal.
Este caso faz-me lembrar um senhor bem mais velho do que eu que, quando se reformou, resolveu empatar as suas economias na edição de um livro de autor, onde contava umas histórias desinteressantes da Manta Rota, praia que ambos frequentávamos, e escrevia uma catilinária contra Saramago, que com ele tinha frequentado uma escola comercial ou industrial há muitos anos. Um pobre escriba que se quis valorizar à custa de um escritor que, na altura, já era famoso. Assim me pareceu VPV que achou que, para sua glória, nada havia melhor do que atacar um Prémio Nobel.
Mas como a confirmar no superlativo tudo aquilo que venho dizendo não há como a Helena Matos, segunda reincidente, que tem uma página inteira todas as Terças-feiras no Público. A última intitulava-se Do Capital ao Kamasutra, que mistura no mesmo texto os que assassinaram Aldo Moro, em Itália, com os que propõem agora temas fracturantes, como o casamento entre homossexuais.
As boas almas que povoam a Internet nada disseram sobre este texto que é duma gravidade extrema para com os que no Parlamento defenderam aqueles casamentos, que se vêem assim comparados com os assassinos das Brigadas Vermelhas. Mas todas as semanas esta coluna se repete, sem que ninguém se indigne com a prosa desta senhora.
Por último, uma “patetice” de PML, em O Eixo do Mal.
Fui dos primeiros a alertar para que este senhor se poderia pôr na fila daqueles que nos media ganham a sua vida dizendo boçalidades reaccionárias. Fui atacado em força. Reconheço que não é dos piores e até parece que leu o que se disse na altura sobre ele, porque num programa posterior achou que tinha sido mal compreendido quando falou dos “colaboracionistas” da Festa do Avante!
Mas o pior é que ele parece não compreender o espírito de O Eixo do Mal, cujas características principais são o escárnio e o mal dizer. Assim, num dos últimos programas vem afirmar como qualquer comentador de direita, convencido e reverente, que o Ministro das Finanças “esteve bem” nesta crise financeira.
Mas o pior foi a "patetice" que disse no último O Eixo do Mal, que ele taxou de ideológica: o aumento dos funcionários públicos não devia ser uma percentagem igual para todos, mas sim atribuído consoante o mérito. A percentagem devia ser maior para aqueles que tivessem melhor desempenho.
Desconhece este senhor, porque provavelmente nunca foi assalariado em empresa que se visse, que todos os anos os sindicatos e os patrões, e aqui a Função Pública (FP) não foge à regra, se sentam a uma mesa para discutir a percentagem de aumentos para esse ano. Isto tem a ver com a inflação esperada e com os ganhos de produtividade alcançados. O pagamento em função do mérito de cada um é outra coisa, que varia conforme as empresas. Pode consistir num prémio anual distribuído no final do ano, em promoções mais rápidas ou noutras modalidades que variam de empresa para empresa. Na FP sucede o mesmo. Parece que o Governo instituiu recentemente um prémio para os “melhores” e que os tempos para promoção variam em conformidade com as classificações de serviço. Seja como for, há neste momento regras, boas ou más, que premeiam aquilo que tanto preocupava o nosso comentador.
Já se sabe que as afirmações de PSM resultam de um preconceito, misturado com ignorância, do que é a FP. Esta gente está sempre convencida que os funcionários públicos são um bando de preguiçosos e incompetentes e que compete à “sociedade civil”, que é representada por ele, pô-los na ordem. É o preconceito ideológico no seu máximo esplendor e os de esquerda é que ainda mantêm a ideologia.
PS.: Devido à impossibilidade de fazer links directos para o Público, já que o comprando todos os dias não estou para pagar a sua versão electrónica, encontrei na Net um site onde é possível ler aqueles dois artigos.
Mas o pior é que ele parece não compreender o espírito de O Eixo do Mal, cujas características principais são o escárnio e o mal dizer. Assim, num dos últimos programas vem afirmar como qualquer comentador de direita, convencido e reverente, que o Ministro das Finanças “esteve bem” nesta crise financeira.
Mas o pior foi a "patetice" que disse no último O Eixo do Mal, que ele taxou de ideológica: o aumento dos funcionários públicos não devia ser uma percentagem igual para todos, mas sim atribuído consoante o mérito. A percentagem devia ser maior para aqueles que tivessem melhor desempenho.
Desconhece este senhor, porque provavelmente nunca foi assalariado em empresa que se visse, que todos os anos os sindicatos e os patrões, e aqui a Função Pública (FP) não foge à regra, se sentam a uma mesa para discutir a percentagem de aumentos para esse ano. Isto tem a ver com a inflação esperada e com os ganhos de produtividade alcançados. O pagamento em função do mérito de cada um é outra coisa, que varia conforme as empresas. Pode consistir num prémio anual distribuído no final do ano, em promoções mais rápidas ou noutras modalidades que variam de empresa para empresa. Na FP sucede o mesmo. Parece que o Governo instituiu recentemente um prémio para os “melhores” e que os tempos para promoção variam em conformidade com as classificações de serviço. Seja como for, há neste momento regras, boas ou más, que premeiam aquilo que tanto preocupava o nosso comentador.
Já se sabe que as afirmações de PSM resultam de um preconceito, misturado com ignorância, do que é a FP. Esta gente está sempre convencida que os funcionários públicos são um bando de preguiçosos e incompetentes e que compete à “sociedade civil”, que é representada por ele, pô-los na ordem. É o preconceito ideológico no seu máximo esplendor e os de esquerda é que ainda mantêm a ideologia.
PS.: Devido à impossibilidade de fazer links directos para o Público, já que o comprando todos os dias não estou para pagar a sua versão electrónica, encontrei na Net um site onde é possível ler aqueles dois artigos.
Já que em post anterior tinha exibido a fotografia de PSM, achei por bem neste mostrar a de Helena Matos, com esse projecto tão reaccionário como os seus textos chamado Atlântico. Vale a pena recuperar a entrevista que deu ao Diário de Notícias quando passou a dirigir a revista. Na sua parte final tem esta afirmação premonitória do artigo que hoje referi: “Uma das preocupações desta revista passa pela desmontagem de uma suposta agenda moderna, apropriada por sectores extremistas como é o Bloco de Esquerda que passa pelo aborto, pela eutanásia, pelo casamento dos homossexuais.” Esta, dos "sectores extremistas", diz tudo sobre a senhora.
1 comentário:
Olha lá, na gaveta onde guardas as fotografias, não tens nenhumas do banho da degola? É q ainda não topei pela net com nada de mais ou menos sério sobre o banho dos serrenhos, sobretudo em matéria de memórias e documentos fotográficos. Anda tudo à rasca tomado pela actualidade, eu sei...
http://packardemrodagem.wordpress.com/2011/08/18/a-manta-rota-nos-anos-60/
Enviar um comentário