Num post do blog Spectrum, um dos seus colaboradores, que eu conheço, e que assina Saboteur, termina o seu texto dizendo que dedica o seu post a todos aqueles que dizem que é indiferente votar Santana ou Costa, isto depois de se referir uma série de jovens que foram despedidos da Câmara de Lisboa quando Santana tomou conta desta.
O problema que levanta já é antigo e tem a ver com duas noções políticas correntes: uma é a afirmação de quanto pior melhor e outra é a questão do voto útil.
A primeira é há muito combatida pela esquerda, que sempre considerou que o aumento do sofrimento do povo era mau para ele e mau para as condições da luta política. Por isso, no tempo do fascismo, sempre combateu o agravamento da repressão e da situação económica dos trabalhadores. Esta ideia é típica de algum anarquismo de pacotilha e do pensamento fascista, que sempre achou que quanto maior fosse a desordem, mais facilmente o povo reclamaria a ordem. Sobre este assunto estamos conversados.
Quanto ao voto útil, já foi dito muita coisa. Mas a verdade é que o voto não é opção entre dois males, é uma escolha consciente entre os programas e as formações políticas que melhor defendem os nossos interesses. Se fosse de outro modo, teríamos o sonho daquilo que foi o rotativismo em Portugal, em que umas vezes governavam uns, noutras outros. A escolha seria sempre limitada a dois. Este foi também o sonho de José Sócrates que afirmava que era ele ou Manuela Ferreira Leite. É esta também a opção de António Costa e de toda a equipa à esquerda que o rodeia. Odeiam tanto Santana, que entre este e Costa não há outra opção. Lamento, mas espero poder ter a minha. Já se sabe que não serei indiferente se for Santana ou Costa a ganhar, têm programas e opções políticas diferentes. Não podem é obrigar-me, em nome desta dicotomia, a ter que escolher entre a espada e a parede. Quero ter a liberdade de poder votar em quem mais me interessa, que para a Assembleia Municipal será em mim próprio, ou seja, no Bloco de Esquerda.
O problema que levanta já é antigo e tem a ver com duas noções políticas correntes: uma é a afirmação de quanto pior melhor e outra é a questão do voto útil.
A primeira é há muito combatida pela esquerda, que sempre considerou que o aumento do sofrimento do povo era mau para ele e mau para as condições da luta política. Por isso, no tempo do fascismo, sempre combateu o agravamento da repressão e da situação económica dos trabalhadores. Esta ideia é típica de algum anarquismo de pacotilha e do pensamento fascista, que sempre achou que quanto maior fosse a desordem, mais facilmente o povo reclamaria a ordem. Sobre este assunto estamos conversados.
Quanto ao voto útil, já foi dito muita coisa. Mas a verdade é que o voto não é opção entre dois males, é uma escolha consciente entre os programas e as formações políticas que melhor defendem os nossos interesses. Se fosse de outro modo, teríamos o sonho daquilo que foi o rotativismo em Portugal, em que umas vezes governavam uns, noutras outros. A escolha seria sempre limitada a dois. Este foi também o sonho de José Sócrates que afirmava que era ele ou Manuela Ferreira Leite. É esta também a opção de António Costa e de toda a equipa à esquerda que o rodeia. Odeiam tanto Santana, que entre este e Costa não há outra opção. Lamento, mas espero poder ter a minha. Já se sabe que não serei indiferente se for Santana ou Costa a ganhar, têm programas e opções políticas diferentes. Não podem é obrigar-me, em nome desta dicotomia, a ter que escolher entre a espada e a parede. Quero ter a liberdade de poder votar em quem mais me interessa, que para a Assembleia Municipal será em mim próprio, ou seja, no Bloco de Esquerda.
1 comentário:
DA INUTILIDADE DO VOTO DITO "ÚTIL" - Nas eleições autárquicas de 11 de Outubro o único voto útil é na CDU. Há que reforçar a única força política que já deu garantias de não trair os seus eleitores. Raciocínios do tipo "vamos votar em A para evitar a vitória de B" já mostraram que nada valem — até mesmo porque na maior parte dos casos o dito A é igual ou semelhante ao B. É o caso, por exemplo, dos candidatos PS & PSD à Câmara Municipal de Lisboa. Tão pouco o Bloco de Esquerda dá garantias sólidas de seriedade e correcção política – basta ver o vereador eleito anteriormente pelo BE para a CML, que passou de imediato para o lado do PS.
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