Esta foi uma das frases de “agitação e propaganda” que Santana Lopes usou contra José Sá Fernandes, que integra a lista de António Costa à Câmara de Lisboa, no debate televisivo que ontem teve honras de primeira página na SIC e na SIC Notícias (ver aqui). A outra, não menos significativa, foi também pronunciada por Santana Lopes: “essa caldeirada que o senhor leva nas suas listas”, referindo-se aos acordos que Costa estabeleceu com José Sá Fernandes e Helena Roseta, do Movimento de Cidadãos por Lisboa.
As televisões na ânsia de obter mais audiências e nada preocupadas, até valorizando a criação artificial de um clima de bipolarização, estão-se ensaiando para porem unicamente em confronto os dois partidos do centrão: PS e PSD. Assim já estão anunciados debates entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite e, ontem, lá tivemos o confronto entre António Costa e Pedro Santana Lopes, quando se sabe que há mais dois candidatos à Câmara de Lisboa, com significativa expressão eleitoral, Luís Fazenda e Ruben de Carvalho.
Não me vou pronunciar sobre quem ganhou o debate. Isso competiu ao Luís Delgado, o amigo de Santana, que logo a seguir àquele garantia que Santana venceu Costa por 5 a 4, o que deu motivo para que a SIC afirmasse que os “comentadores” tinham dado a vitória a Santana.
Contudo, diria que Santana foi mais convincente dada imensa capacidade que tem para aldrabar e mentir com o ar mais angélico. Depois, teve um enorme êxito no ataque político ao Costa. Não só utilizando aquelas frases que eu referi no início, como foi capaz de mostrar as contradições dos diversos participantes na lista de Costa. Este facto sobressai, porque ainda não há um programa consistente desta lista, que obrigue cada uma das partes coligadas a ter posição comum sobre determinadas áreas que são fulcrais. Costa foi incapaz de atacar a salgalhada que também vai na lista do Santana e não defendeu o seu vereador Sá Fernandes, deixando-o isolado, a plantar girassóis.
Por estas e por outras é que se vê que compromissos à última da hora, feitos unicamente para tentar vencer a direita, sem princípios, nem programa, não são bons conselheiros para a esquerda.
Na continuação do duelo, a SIC Notícias organizou um daqueles debates com os comentadores do costume, todos do Bloco Central, prontos a dizerem isto e o seu contrário, mostrando sempre grande profundidade nas banalidades que vão debitando. Assim, Mário Bettencourt Resendes teve o desplante de dizer que Santana Lopes imagina a cidade com ideias largas, um homem que não tem qualquer ideia sobre o que é uma grande metrópole nos nossos dias, e que António Costa é o contabilista rigoroso, afirmação, que ainda está por provar, mas que contraposta às ideias largas de Santana Lopes, assassina qualquer candidato a presidente de uma junta de Freguesia, quanto mais a uma capital como Lisboa. Mas mais, sem estar ali ninguém que pudesse defender o Bloco de Esquerda, achou que os eleitores de Lisboa que votavam naquele partido o faziam por snobeira. Disparate e provocação que só podem vir de comentadores pagos à peça e que se alapardam ao comentário político em todos os media.
As televisões na ânsia de obter mais audiências e nada preocupadas, até valorizando a criação artificial de um clima de bipolarização, estão-se ensaiando para porem unicamente em confronto os dois partidos do centrão: PS e PSD. Assim já estão anunciados debates entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite e, ontem, lá tivemos o confronto entre António Costa e Pedro Santana Lopes, quando se sabe que há mais dois candidatos à Câmara de Lisboa, com significativa expressão eleitoral, Luís Fazenda e Ruben de Carvalho.
Não me vou pronunciar sobre quem ganhou o debate. Isso competiu ao Luís Delgado, o amigo de Santana, que logo a seguir àquele garantia que Santana venceu Costa por 5 a 4, o que deu motivo para que a SIC afirmasse que os “comentadores” tinham dado a vitória a Santana.
Contudo, diria que Santana foi mais convincente dada imensa capacidade que tem para aldrabar e mentir com o ar mais angélico. Depois, teve um enorme êxito no ataque político ao Costa. Não só utilizando aquelas frases que eu referi no início, como foi capaz de mostrar as contradições dos diversos participantes na lista de Costa. Este facto sobressai, porque ainda não há um programa consistente desta lista, que obrigue cada uma das partes coligadas a ter posição comum sobre determinadas áreas que são fulcrais. Costa foi incapaz de atacar a salgalhada que também vai na lista do Santana e não defendeu o seu vereador Sá Fernandes, deixando-o isolado, a plantar girassóis.
Por estas e por outras é que se vê que compromissos à última da hora, feitos unicamente para tentar vencer a direita, sem princípios, nem programa, não são bons conselheiros para a esquerda.
Na continuação do duelo, a SIC Notícias organizou um daqueles debates com os comentadores do costume, todos do Bloco Central, prontos a dizerem isto e o seu contrário, mostrando sempre grande profundidade nas banalidades que vão debitando. Assim, Mário Bettencourt Resendes teve o desplante de dizer que Santana Lopes imagina a cidade com ideias largas, um homem que não tem qualquer ideia sobre o que é uma grande metrópole nos nossos dias, e que António Costa é o contabilista rigoroso, afirmação, que ainda está por provar, mas que contraposta às ideias largas de Santana Lopes, assassina qualquer candidato a presidente de uma junta de Freguesia, quanto mais a uma capital como Lisboa. Mas mais, sem estar ali ninguém que pudesse defender o Bloco de Esquerda, achou que os eleitores de Lisboa que votavam naquele partido o faziam por snobeira. Disparate e provocação que só podem vir de comentadores pagos à peça e que se alapardam ao comentário político em todos os media.
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