Esta noite estreou-se na SIC Notícias mais um programa de debate. Aquela estação de televisão, percebendo que o seu público é sensível ao confronto de ideias, tem espalhado ao longo da semana diversos modelos de debate. Este é semelhante à Quadratura do Círculo, dado que há também um moderador e comentadores residentes, que se movem politicamente em redor do Bloco Central. Assim, no confronto desta noite estrearam-se José Miguel Júdice e António Barreto, moderados por António José Teixeira.
O programa chama-se indevidamente A Regra do Jogo, que foi o nome de um filme, uma das grandes obras-primas entre as duas Guerras (1939), de Jean Renoir. Uma comédia de enganos que antevia a guerra que ai vinha, feita por um realizador que pouco tempo antes tinha realizado a La Vie est á Nous, uma homenagem ao Partido Comunista Francês e ao Governo da Frente Popular de 1936. Portanto, pouco recomendável para nome de programa do sistema.
É evidente, que António Barreto, no contexto actual, aparece como muito crítico em relação ao Governo de José Sócrates e às suas escolhas. Basta ler os seus artigos do Público para se perceber as suas claras opções críticas e como neste momento não está enfeudado a nenhum partido político, pode evitar os pinos que os comentadores ligados aos partidos do centrão são obrigados a dar. No entanto, em nome de que valores critica? Não é de certeza em nome da esquerda.
Quanto a José Miguel Júdice está tudo dito. De fascista, com actividade reconhecida na Universidade de Coimbra antes do 25 de Abril, passando por preso político durante o PREC e exilado em Espanha a trabalhar no departamento político do MDLP, a apoiante pela direita do Governo de José Sócrates, é um bom exemplo do que a necessidade camaleónica obriga. Por isso, nada de bom deste comentarista há-de vir.
Quanto aos temas abordados: foram a ASAE, o referendo europeu e a Mensagem de Ano Novo do Presidente da República. Em relação ao primeiro todos estiveram de acordo, o que é fácil suceder. Quanto ao referendo já se conhecia a defesa que dele faz António Barreto. Quanto a Júdice, na linha de José Sócrates, é contra. Relativamente à Mensagem do Presidente, principalmente na parte referente aos ordenados dos administradores, manifestaram-se contra aquelas palavras. Acham que a defesa de um certo moralismo não deve ser apanágio do Estado. São favoráveis, se fosse caso disso, ao aumento fiscal sobre aqueles elevados rendimentos. Apresentaram, neste caso, um discurso muito menos ultraliberal do que os intervenientes na Quadratura do Círculo por mim referidos em post anterior.
O programa chama-se indevidamente A Regra do Jogo, que foi o nome de um filme, uma das grandes obras-primas entre as duas Guerras (1939), de Jean Renoir. Uma comédia de enganos que antevia a guerra que ai vinha, feita por um realizador que pouco tempo antes tinha realizado a La Vie est á Nous, uma homenagem ao Partido Comunista Francês e ao Governo da Frente Popular de 1936. Portanto, pouco recomendável para nome de programa do sistema.
É evidente, que António Barreto, no contexto actual, aparece como muito crítico em relação ao Governo de José Sócrates e às suas escolhas. Basta ler os seus artigos do Público para se perceber as suas claras opções críticas e como neste momento não está enfeudado a nenhum partido político, pode evitar os pinos que os comentadores ligados aos partidos do centrão são obrigados a dar. No entanto, em nome de que valores critica? Não é de certeza em nome da esquerda.
Quanto a José Miguel Júdice está tudo dito. De fascista, com actividade reconhecida na Universidade de Coimbra antes do 25 de Abril, passando por preso político durante o PREC e exilado em Espanha a trabalhar no departamento político do MDLP, a apoiante pela direita do Governo de José Sócrates, é um bom exemplo do que a necessidade camaleónica obriga. Por isso, nada de bom deste comentarista há-de vir.
Quanto aos temas abordados: foram a ASAE, o referendo europeu e a Mensagem de Ano Novo do Presidente da República. Em relação ao primeiro todos estiveram de acordo, o que é fácil suceder. Quanto ao referendo já se conhecia a defesa que dele faz António Barreto. Quanto a Júdice, na linha de José Sócrates, é contra. Relativamente à Mensagem do Presidente, principalmente na parte referente aos ordenados dos administradores, manifestaram-se contra aquelas palavras. Acham que a defesa de um certo moralismo não deve ser apanágio do Estado. São favoráveis, se fosse caso disso, ao aumento fiscal sobre aqueles elevados rendimentos. Apresentaram, neste caso, um discurso muito menos ultraliberal do que os intervenientes na Quadratura do Círculo por mim referidos em post anterior.
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