Começo por vos dar conta deste grande atraso na publicação de posts. Primeiro, foi mais uma vez a doença que me afecta que me impediu de actualizar o blog, mas hoje quando me decidi a retomar o fio à meada, tentando acabar a segunda parte de “Ainda Mário Soares” eis que uma interrupção me obriga a deixar o computador. Tudo que durante a tarde tinha escrito desaparece como por encanto. Fiquei possesso, mas não quis deixar de publicar qualquer coisa sobre os múltiplos acontecimentos que ultimamente me têm indignado. Esta parece-me a mais imediata.
Assim, tendo na memória a tão discutida fuga da família Jerónimo Martins para a Holanda, resolvi embirrar com um anúncio, que aparece na TV, referente à carne de porco que é vendida nos supermercados que aquela família controla e que é uma perfeita fraude.
Começa aquele anúncio por descrever as delícias do que era antigamente a carne de porco. Vê-se gente idosa a recordar aquele saborzinho especial que dantes a carne tinha e depois diz-se que a pode encontrar no Pingo Doce. Pensamos que vamos ter a sorte de comer carne de animais alimentados por bolota e em liberdade, mas não, aquilo que nos é dito, como se fosse uma grande descoberta, é que eles são alimentados com milho, trigo e soja, ou seja, com rações, como todo o porco para venda industrial é alimentado. Já se sabe que aqueles pobres idosos que falam do sabor especial nunca na sua vida alimentaram porcos a soja, que é uma planta que não é cultivada no nosso país e cujas sementes são um dos ingredientes fundamentais da rações industriais, distribuídas internacionalmente pelas grandes multinacionais.
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