
Quando menos se esperava, Sócrates tirou da cartola esta medida e pôs-se a divulgá-la por tudo o que era sítio. A indignação foi geral. Não houve cão nem gato que não comentasse, que não dissesse que também queria, que não insultasse os funcionários públicos, que tinham uma regalia que mais ninguém tinha.
Parecia de propósito, aquilo que para o Governo de Sócrates era uma grande medida transformou-se numa decisão errada, que a generalidade dos comentários considerou injusta.
Como sucede nestas coisas que mete funcionários públicos, os comentadores, como trabalhadores independentes que são, e os bloggers, que têm sempre opinião formada sobre tudo, desconhecem a realidade, que de facto foi deliberadamente ocultada pelo Governo para tentar dar o ar de grande generosidade.
Vejamos o que se passava até há data. De um modo geral quase todos os Ministérios tinham obras sociais. Alguns, como o das Finanças, tinham uma instituição chamada Cofre. Qualquer desses serviços sempre emprestou dinheiro a funcionários em situações difíceis e, no caso do Cofre de Previdência do Ministério das Finanças e da Caixa de Previdência do Ministério da Educação até emprestavam dinheiro, a juros muitos baixos, para a compra de casa. É evidente, que nos dois casos citados, tinha-se que ser sócio, mas por uma importância pequena, que no caso da Educação funcionava como seguro de vida, tinha-se acesso a essas vantagens.
Ora o Governo, que sistematicamente tem vindo a destruir as obras sociais dos diferentes Ministérios, retirando-lhes subsídios, regalias ou até pura e simplesmente extinguindo-as, resolveu centralizar num único departamento aquilo que há muitos anos cada Ministério vinha fazendo. Decidiu, como com tudo o que faz e não faz, propagandear esta iniciativa e, em vez de dizer que tinha centralizado os serviços, passou a alardear que, a partir de agora, como se fosse uma novidade, os funcionários públicos podiam receber empréstimos.
A acrescentar a isto, é bom que se saiba que a maioria das grandes empresas deste país sempre tiveram serviços sociais que muitas vezes emprestavam dinheiro aos seus funcionários e que, mesmo nas pequenas empresas é normal, o trabalhador pedir adiantado uma parte do seu salário para acorrer a pequenos problemas.
Por tudo isto, tão demagógico é o Governo ao alardear uma coisa que já fazia, como os comentadores e bloggers ao afirmarem que os funcionários públicos são uns privilegiados.
Haja tento nesses comentários.
Posições dos Partidos e dos Sindicatos sobre o empréstimo
Parecia de propósito, aquilo que para o Governo de Sócrates era uma grande medida transformou-se numa decisão errada, que a generalidade dos comentários considerou injusta.
Como sucede nestas coisas que mete funcionários públicos, os comentadores, como trabalhadores independentes que são, e os bloggers, que têm sempre opinião formada sobre tudo, desconhecem a realidade, que de facto foi deliberadamente ocultada pelo Governo para tentar dar o ar de grande generosidade.
Vejamos o que se passava até há data. De um modo geral quase todos os Ministérios tinham obras sociais. Alguns, como o das Finanças, tinham uma instituição chamada Cofre. Qualquer desses serviços sempre emprestou dinheiro a funcionários em situações difíceis e, no caso do Cofre de Previdência do Ministério das Finanças e da Caixa de Previdência do Ministério da Educação até emprestavam dinheiro, a juros muitos baixos, para a compra de casa. É evidente, que nos dois casos citados, tinha-se que ser sócio, mas por uma importância pequena, que no caso da Educação funcionava como seguro de vida, tinha-se acesso a essas vantagens.
Ora o Governo, que sistematicamente tem vindo a destruir as obras sociais dos diferentes Ministérios, retirando-lhes subsídios, regalias ou até pura e simplesmente extinguindo-as, resolveu centralizar num único departamento aquilo que há muitos anos cada Ministério vinha fazendo. Decidiu, como com tudo o que faz e não faz, propagandear esta iniciativa e, em vez de dizer que tinha centralizado os serviços, passou a alardear que, a partir de agora, como se fosse uma novidade, os funcionários públicos podiam receber empréstimos.
A acrescentar a isto, é bom que se saiba que a maioria das grandes empresas deste país sempre tiveram serviços sociais que muitas vezes emprestavam dinheiro aos seus funcionários e que, mesmo nas pequenas empresas é normal, o trabalhador pedir adiantado uma parte do seu salário para acorrer a pequenos problemas.
Por tudo isto, tão demagógico é o Governo ao alardear uma coisa que já fazia, como os comentadores e bloggers ao afirmarem que os funcionários públicos são uns privilegiados.
Haja tento nesses comentários.
Posições dos Partidos e dos Sindicatos sobre o empréstimo
Este comentário é parecido com o que o PSD fez, simplesmente o que aquele partido disse é o que toda as pessoas bem informadas dizem sobre isto. Só os comentadores do Eixo do Mal e alguns bloggers mais assanhados contra a Função Pública é que desconheciam esta realidade. Num vídeo da RTP com esta notícia, temos o CDS a alinhar pela crítica de que só alguns portugueses é que beneficiam desta medida; o PCP a dizer que se deve aumentar os funcionários públicos e não dar-lhes empréstimos, o que sendo verdade, só mostra que foi mal informado pela Frente Comum, e o Bloco a desvalorizar a medida. Resta esse Secretário de Estado de opereta, que em tempos quis trucidar os trabalhadores da função pública, a afirmar que ficou “chocado” com as opiniões da oposição. Só o PSD, pela voz de Paulo Rangel, e provavelmente com a informação do Sindicato dos Quadros Técnicos (STE), que tinha já tomado posição semelhante num canal de televisão, soube do que estava a falar. No entanto, em notícias transmitidas pela TSF os Sindicatos da UGT (FESAP e STE) tomaram a mesma posição que o PCP.